domingo, 1 de junho de 2008

Pensamento analítico sincrético ou simplesmente a premissa de Deus

Sinceramente, qual o problema em não acreditar mais em nada?! Será que estou realmente perdendo minha humanidade? Acho que não, muito pelo contrário... Afinal, quem disse que devemos ter fé em alguma coisa?

Meu pai, que hoje mesmo me disse que era um filósofo, aprendeu isso com o pai dele. O pai dele (meu vovozinho) aprendeu com meu bisa, e assim sucessivamente. Mas quem começou com essa história? Não foi o Cristianismo, disso tenho certeza. O sol é venerado bem antes de qualquer Constantino considerar a pobabilidade de um dia vir a nascer.

A fé, que não é necessariamente religiosa, existe faz tempo. Ela estava lá, incutida na mente do homem primitivo, talvez até mesmo nos inúmeros pré-homens da História. Alguns dizem que ela é tão importante que foi a fé, no sentido de uma motivação supra-corpórea, a responsável pela Evolução humana ao longo das eras.

Não duvido que isto seja verdade, mas a questão não é essa. Meu ponto é o seguinte: não seria verdade que finalmente atingimos um estado em que não precisamos mais dela? E mais, não seria a fé agora um atraso, uma ancora a nos manter presos a uma forma de pensar obsoleta? E assim, ao nos libertarmos desta última amarra, abrir-se-ão os portões do verdadeiro paraíso e a raça humana irá alcançar o último degrau para o derradeiro estágio da EVOLUÇÃO.

Sim, meus caros leitores. É chegada a hora da revolução. Com as barreiras do mundo físico se rompendo uma a uma, o novo campo a ser explorado é o próprio ser humano. Quem dentre vocês nunca sonhou com um mundo de possibilidades ilimitadas? Tornar este mero sonho realidade começa por dentro, nossa mente é a chave para a verdadeira liberdade. Se conhecer é o primeiro passo para conhecer o mundo.

Tá certo, eu realmente me empolguei, mas cara, é impossível não se empolgar quando você pensa que descobriu algo super maneiro e provavelmente inovador. Eu consigo até imaginar, o maior de todos, o grande mestre Darwin saindo de Galápagos surfando em cima de sua tartaruga gigante chamada, The Beagle, pensando: “Cara, como sou foda. Mudei radicalmente as ciências naturais. Lavoisier era um merda mesmo...huahuahauahua”.

Só para não haver confusão. Não é que a humanidade não tenha mais no quê acreditar, mas que não seja necessário ter que realizar esta ação. Pense bem. Com o tempo que você perde com coisas que com certeza não vão dar em nada: como religião, times que não sejam o Flamengo, a estimativa de vida da sua sogra (mate logo essa velha!), o futuro da Nação, adquirir fama ou fortuna (quem já tem não conta), entre outros, você poderia estar fazendo algo produtivo e mais interessante, por exemplo, dar uns pegas na sua mina, dar uns pegas na mina dos outros, dar uns pegas na sua melhor amiga, dar uns pegas na vizinha, dar uns pegas na sua prima... Enfim, existe realmente um universo de possibilidades que podem ser exploradas e esse é só o começo...










Ah, já ia me esquecendo, a fé também enfraquece....

Para quem não sabe, fé é sinônimo de esperança e isso é comprovadamente ruim. Vide o velho conhecimento grego da antiguidade, a sempre correta Caixa de Pandora.
Vocês lembram que a Esperança estava no final da caixa, certo? E que a tal Pandora fechou a caixa antes que ela saísse, lembram? Mas aí eu lhes pergunto, essa não era caixa que continha todos os males do mundo, por que então a esperança estaria guardada lá também?

Simples, a esperança aprisiona. Enquanto tu ficas agarrado a promessa de um porvir melhor, não se importa com teu presente miserável e sofredor. A fé faz com que vosmecê releve todas as agruras da realidade (e do presente), depositando no imaterial (e portanto irreal) todas as expectativas de uma bonança que indubitavelmente não virá.

No pensamento filosófico ocidental contemporâneo esse efeito gera um atraso substancial em quaisquer formas novas de idealizar o mundo, ou seja, por mais de vanguarda e inovador que você seja, suas teorias nunca sairão de fora da caixa (não aquela da Pandora, mas aquela da expressão “think outside the Box”).

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Introducing God


Ao iniciar mais esta empreitada no ramo da literatura digital peço a meus caros leitores que tenham paciência para com a minha pobre “pessoinha”. Isso porque obviamente irei mexer em temas sensíveis ao povo brasileiro, assim como a toda a humanidade.

A questão da divindade tem gerado conflitos monstruosos ao longo dos anos. (Não que eu me importe com isso. Quero mais é que tudo se exploda!). Mas, neste caso, acho que me deparei com algo muito grande, uma fonte de conhecimento interior e exterior de suma importância, mas que muitos seres humanos ignoram (afinal, não são tão geniais quanto eu). Infelizmente, não tenho a ilusão ter sido o primeiro a pensar nas coisas sobre as quais irei teorizar a seguir, mas espero, que pelo menos você, meu leitor mediamente burrito, nunca tenha ouvido falar de nada disso.

Para aqueles que estão acostumados com meu outro Blog, o brilhante Peristálticos , Dominus pode ser um choque e tanto, já que sua função não é fazer rir, mas catequizar, ou melhor, chamar todos para a IRMANDADE .

Outro alerta que devo fazer é sobre as suposições errôneas dos leitores a respeito deste Blog . Aposto que 68% das pessoas que o lerem vão pensar: “esse é mais um ateuzinho virgem filho da puta, de uns 16 anos, que se acha o super intelectual só porque sabe escrever Nietzsche corretamente”. Pois isso está 68% errado, porque obviamente não tenho mais 16 anos, e o principal, não sou ateu. Aííí, daqueles 68% de pessoas que me xingaram, 56,7 vão dizer: “ooooh, ele não é ateu, então o que ele é, porra?”

Isso é uma longa história (mentira!), que terei prazer de contar.

Por mais incrível que pareça, já fui um menino comportado, e melhor, um menino comportado, sério e crente (evangélico, protestante, etc.). Mas não pensem vocês que saí dos braços do Criador porque vi a roubalheira que eram as igrejas ou porque via meu dinheiro indo pelo ralo. NÃO, NADA DISSO. Muito pelo contrário, minha igreja era muito boa, muito correta e transparente... serinho! Meu problema sempre foi de ordem ideológica, ou melhor, teológica.



Como todo bom Jovem Contestador, não entravam na minha cabeça duas coisas, a primeira: por que eu teria que servir a Deus, por que eu teria um mestre? E isso não é só “coisa de crente”, todas as religiões pregam a subserviência do homem perante a figura do Ser Supremo. E isso eu não podia aceitar, como assim, servir?! Não! Jamais! Da mesma forma que Marx, percebi que o domínio de Deus sobre homem não passava de mais um ato de tirania ditatorial classicista. E nós, como a classe oprimida, deveríamos retomar os meios de produção do conhecimento místico.

A segunda coisa que me emputeceu tremendamente foi a tal da ONICOISAÇÃO do Cara-lá-de-Cima. Meu Deus (ops), o cara é perfeito! E assim não dá, qual o propósito de evoluirmos se nos chocamos com a maior barreira de todas, a invulnerabilidade de Deus. Não, não aceito isso! Mas deixem-me explicar o porquê.



Todo mundo tem um ou mais ídolos, certo? E eles, como reles seres humanos que são, possuem falhas, correto? E mais, o que mais gosto nos meus ídolos é que por mais fodásticos que eles sejam podem e serão superados (provavelmente por mim). Este é o destino dos seres humanos. E também, mesmo o cara “mais maravilhoso de fantástico” do mundo, sei lá, um Away da vida, pode ser duplicado, se eu vivesse as mesmas coisas que ele (mesmas oportunidades, conhecesse as mesmas pessoas, enfim, tivesse as mesmas experiências de vida), conseguiria atingir um resultado muito parecido, jamais igual, contudo, muito similar.

Já no que se refere a Deus a história é outra. Ninguém pode superá-Lo, ninguém O precedeu ou O superará. Agora me diz, como eu posso racionalizar algo assim? Alguém que é melhor que eu sem nenhum esforço, sem mover um músculo. Alguém que supera toda a humanidade só por existir (no caso, só a sombra da existência). A resposta é simples, não é possível racionalizar isso, portanto NÃO EXISTE (oooh).
Agora a parte mais legal, eu não disse que era teísta (aquele que acredita em Deus)?! Pois bem, eu não menti. E aí que entra todo o motivo de criação deste Blog. Explicar o que é Deus (para mim), o que é a mitologia Dele e o principal, como reproduzir/usar isso a seu favor.





Enjoy! (Aproveitem! Já que provavelmente irei para o inferno por isso)